Osteossíntese das fraturas da extremidade proximal do úmero em duas e três partes com haste de Ender modificada associadas com amarrilhos não-absorvíveis

 
 
 

Tese de Doutorado

Arnaldo Amado Ferreira Neto

Orientador: Olavo Pires de Camargo

Resumo

Vinte e seis pacientes (27 ombros - 1 bilateral) com fratura da extremidade proximal do úmero (FEPU) em 2 e 3 partes foram tratados com osteossíntese intramedular com hastes de Ender modificadas associadas a amarrilhos não absorvíveis de maio de 1994 a setembro de 1998 e avaliados em janeiro de 1999. A idade variou de 21 a 81 anos (média de 50,1 anos). Quatorze (53,8%) eram do sexo feminino e 12 (46,2%) do masculino. O lado direito foi acometido em 15 ombros (55,5%) e o esquerdo em 12 (44,4°/o).

Os tipos de traumatismos foram queda em 11 pacientes (42,3%), atropelamento em 8 (30,8%) e colisão de veículo em·7 (26,9%). Pela classificação de Neer 19 fraturas eram em 2 partes-colo cirúrgico (70,4%), 4 em 3 partes-tubérculo menor (14,8%) e 4 em 3 partes-tubérculo maior (14,8%). O tempo mínimo de seguimento foi de 4 meses e o máximo 56 meses (média de 34,6 meses). O tempo decorrido entre o traumatismo e o tratamento cirúrgico variou de 1 a 43 dias (média 10,2 dias).

Todas fraturas consolidaram sem perda da redução. Em 4 casos ocorreu a migração cranial das hastes e em 2 houve a necrose isquêmica da cabeça do úmero (fratura em 3 partes). O resultado final pela tabela de avaliação da UCLA foi excelente e bom em 24 ombros (88,8%) e regular e mau em 3 (11,1%).

Concluímos que: a idade do paciente e o tipo de fratura não interferiu no resultado final do tratamento, e que essas fraturas devem ser operadas o mais precocemente possível e que o método proposto foi eficiente.

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