O estudo randomizado conduzido pela equipe do Hospital das Clínicas da USP avaliou 80 pacientes com fraturas desviadas do úmero proximal acima dos 60 anos. Em 24 meses de seguimento, não houve diferença estatisticamente significativa entre o tratamento cirúrgico com placa bloqueada e o tratamento não operatório, tanto em escores funcionais (Constant, ASES, SANE) quanto em complicações ou necessidade de novas cirurgias.

Apesar do uso de técnicas padronizadas e cirurgiões experientes, o tratamento operatório mostrou taxa de complicações duas vezes maior. Esses achados corroboram estudos internacionais (PROFHER, NITEP, Launonen et al.) e reforçam a tendência atual de manejo conservador, reservando a cirurgia para casos específicos com perda de contato cortical, fraturas-luxações ou falha evidente de alinhamento biomecânico.

O estudo publicado na Cureus em janeiro de 2025 avaliou 30 pacientes idosos com fraturas do úmero proximal em três e quatro partes tratados com placas bloqueadas e enxerto sintético de sulfato de cálcio (CaSO₄). Após 12 meses de acompanhamento, os escores funcionais (Constant-Murley, UCLA e ASES) foram satisfatórios, com arco médio de flexão de 121° e abdução de 109°.

A consolidação foi obtida em todos os casos, e a taxa de complicações foi baixa (13,3%), principalmente colapso em varo e cut-out dos parafusos. O estudo demonstra que a associação entre placa bloqueada e enxerto sintético oferece resultados estáveis e reprodutíveis no tratamento de fraturas complexas do úmero proximal em idosos.