Regenerative Therapies in Tendinopathies and Partial Rotator Cuff Tears
Título: Terapias Regenerativas em Tendinopatias e Roturas Parciais do Manguito Rotador
Fonte: Orthopaedic Spot, 2025
Autores: Rodrigo Alves Beraldo, Leonardo Zanesco, Jorge Henrique Assunção, Eduardo Angeli Malavolta
Objetivo:
Revisar criticamente as evidências atuais sobre o uso de terapias regenerativas — como plasma rico em plaquetas (PRP), ácido hialurônico, proloterapia, corticosteroides e terapias celulares — no tratamento conservador das tendinopatias e rupturas parciais do manguito rotador.
Metodologia:
- Tipo de Estudo: Artigo de revisão narrativa e crítica da literatura recente.
- Fontes: Ensaios clínicos, revisões sistemáticas e meta-análises publicadas até 2024.
- Intervenções analisadas:
- Corticosteroides subacromiais
- Ácido hialurônico de alto e baixo peso molecular
- Proloterapia com dextrose
- Plasma rico em plaquetas (PRP), especialmente o PRP pobre em leucócitos (LP-PRP)
- Terapias celulares: aspirado de medula óssea (BMA) e células-tronco mesenquimais derivadas do tecido adiposo (AD-MSCs)
Principais Evidências:
Corticosteroides:
Oferecem alívio temporário da dor por até 3 meses, sem efeito comprovado na cicatrização tendinosa. Podem ser prejudiciais se usados no pós-operatório imediato.Ácido Hialurônico:
Demonstra melhora significativa da dor e da função em 6 a 12 semanas, com resultados superiores quando utilizadas formulações de alto peso molecular. É seguro e bem tolerado, com benefícios sustentados em alguns estudos por até 12 meses.Proloterapia:
Mostra eficácia comparável ou superior à fisioterapia isolada para alívio da dor e melhora funcional. Resultados mais expressivos com aplicações guiadas por ultrassom e múltiplas sessões seriadas. Alta segurança relatada.Plasma Rico em Plaquetas (PRP):
O PRP pobre em leucócitos (LP-PRP) apresenta os resultados mais consistentes, com melhora sustentada da dor e da função por até 12 meses. Quando combinado ao ácido hialurônico, potencializa os resultados clínicos.Terapias Celulares:
Estudos iniciais com aspirado de medula óssea (BMA) e células derivadas do tecido adiposo (AD-MSCs) mostram melhora clínica e redução do tamanho das lesões tendíneas. Contudo, os dados ainda são limitados por amostras pequenas e falta de padronização, devendo seu uso permanecer em protocolos de pesquisa.
Conclusão:
As terapias regenerativas oferecem alternativas promissoras ao tratamento convencional das tendinopatias e rupturas parciais do manguito rotador.
O PRP pobre em leucócitos (LP-PRP) surge como a modalidade mais bem respaldada em termos de eficácia e segurança, seguido pelo ácido hialurônico e pela proloterapia.
As terapias celulares apresentam resultados encorajadores, mas ainda experimentais.
A escolha terapêutica deve ser individualizada, baseada no perfil do paciente, disponibilidade e custo, com comunicação clara sobre riscos e benefícios.
Nível de Evidência: Revisão narrativa baseada em literatura recente.
Leia o artigo completo no link abaixo:
https://orthopaedicspot.com/index.php/journal/article/view/75