Influence of Psychological Resilience on Postoperative Outcomes Following Rotator Cuff Repair

Título: Influência da Resiliência Psicológica nos Resultados Pós-operatórios Após o Reparo do Manguito Rotador

Fonte: Cureus, Janeiro 2025

Objetivo: Avaliar o impacto da resiliência psicológica nos resultados clínicos após o reparo artroscópico do manguito rotador (RCR), analisando a associação entre os escores da Brief Resilience Scale (BRS) e a recuperação funcional medida por escalas clínicas padronizadas.

Metodologia:

  • Tipo de Estudo: Coorte retrospectiva com coleta prospectiva de dados.
  • Amostra: 105 pacientes submetidos a reparo artroscópico do manguito rotador entre março de 2019 e agosto de 2022, com seguimento mínimo de 24 meses.
  • Critérios de Inclusão: Falha do tratamento conservador e disponibilidade de avaliação clínica completa (ASES, UCLA, SANE) e escore BRS.
  • Critérios de Exclusão: Artropatia do manguito, ausência de dados pré-operatórios, incapacidade de responder ao BRS e seguimento < 24 meses.
  • Avaliações:
    • Primária: Escore ASES aos 24 meses.
    • Secundárias: Escalas UCLA e SANE em diferentes momentos (pré, 6, 12 e 24 meses).
    • Resiliência: Avaliada pelo Brief Resilience Scale (BRS), categorizada em baixa, normal e alta.
  • Análises Estatísticas: Correlação de Spearman, ANOVA e regressão linear múltipla (p < 0,05).

Resultados:

  • Distribuição dos níveis de resiliência: 21% baixa, 70% normal e 10% alta.
  • ASES médio aos 24 meses:
    • Alta resiliência: 91,1 ± 10,6
    • Normal resiliência: 72,8 ± 26,6
    • Baixa resiliência: 58,7 ± 28,8 (p = 0,002)
  • Correlação entre resiliência e ASES: r = 0,342 (p < 0,001).
    Cada ponto adicional no BRS correspondeu a um aumento médio de 1,38 pontos no ASES (p = 0,014).
  • Proporção de pacientes com escore ASES > 86,7 (estado sintomático aceitável): 42,9%.
    Esses pacientes apresentaram escores de resiliência significativamente maiores (BRS = 21,2 ± 4,0 vs. 19,3 ± 3,9; p = 0,017).
  • Análise multivariada: Três preditores independentes de melhor resultado funcional:
    1. Escore ASES pré-operatório (p < 0,001)
    2. Resiliência (BRS) (p = 0,014)
    3. Abordagem artroscópica (p = 0,024)
  • Outros fatores (idade, comorbidades, tipo de lesão, sistema público/privado): sem influência independente.

Conclusão: Pacientes com maior resiliência psicológica apresentaram recuperação funcional significativamente superior após o reparo artroscópico do manguito rotador. A resiliência foi um preditor independente dos desfechos, superando o impacto de variáveis estruturais e técnicas. A avaliação pré-operatória de fatores psicológicos pode auxiliar na estratificação de risco e no planejamento de abordagens mais personalizadas, incluindo suporte emocional e programas de fortalecimento da resiliência.

Nível de Evidência: III – Estudo de Coorte Retrospectiva.

Leia o artigo completo no link abaixo: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/39925589

 
 
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