Correlation Between Non-Contrast Magnetic Resonance Imaging Findings and Clinical Assessment in Patients With Adhesive Capsulitis
Título: Correlação entre Achados de Ressonância Magnética sem Contraste e Avaliação Clínica em Pacientes com Capsulite Adesiva
Fonte: Cureus, Fevereiro 2025
Objetivo: Investigar a correlação entre achados de ressonância magnética (RM) sem contraste e limitações clínicas de movimento em pacientes com capsulite adesiva, avaliando quais parâmetros radiológicos se associam à gravidade funcional.
Metodologia:
- Tipo de Estudo: Transversal retrospectivo.
- Amostra: 50 pacientes (56% mulheres, idade média 56,1 ± 7,7 anos) com diagnóstico clínico de capsulite adesiva confirmado por especialista entre 2017 e 2019.
- Critérios de Exclusão: Lesões do manguito rotador, osteoartrose glenoumeral, tendinopatia calcária, cirurgia prévia, infecção, neoplasia ou alterações neurológicas.
- Exames de Imagem: Ressonância magnética 1,5T sem contraste, com sequências T1 e T2 com supressão de gordura nos planos axial, sagital e coronal.
- Variáveis Radiológicas Avaliadas:
- Espessura capsular no recesso axilar
- Espessura do ligamento coracoumeral
- Presença de hipersinal (edema) em múltiplos quadrantes
- Infiltração do intervalo rotador
- Obliteração do coxim adiposo subcoracoide
- Variáveis Clínicas: Amplitudes de elevação, rotação externa e rotação interna, medidas com goniômetro e correlacionadas com os achados radiológicos.
- Análise Estatística: Correlação de Spearman e testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis (p < 0,05).
Resultados:
- Amplitude de movimento (afetado vs. contralateral):
- Elevação: 140° ± 22° vs. 177° ± 8° (p < 0,001)
- Rotação externa: 41° ± 18° vs. 64° ± 11° (p < 0,001)
- Rotação interna: nível L3 vs. T10 (p < 0,001)
- Achados radiológicos:
- Hipersinal no recesso axilar: 86% dos pacientes
- Hipersinal em ≥3 quadrantes: 80%
- Infiltração do intervalo rotador: 62% (14% grave)
- Espessamento médio da cápsula no recesso axilar: 4,2 mm
- Correlação estatisticamente significativa:
- Espessamento capsular no recesso axilar → correlação negativa com elevação (r = -0,42; p = 0,003) e rotação externa (r = -0,38; p = 0,008).
- Infiltração severa do intervalo rotador (>50%) → maior déficit de elevação (-57°; p = 0,032).
- Hipersinal em múltiplos quadrantes e espessamento do ligamento coracoumeral → sem correlação significativa com mobilidade.
Conclusão:
A espessura capsular no recesso axilar e a infiltração do intervalo rotador estão associadas a maiores limitações de elevação e rotação externa no ombro com capsulite adesiva. A RM sem contraste é um método eficaz para identificar alterações estruturais correlacionadas à restrição de movimento, podendo auxiliar no diagnóstico e no estadiamento clínico da doença.
Nível de Evidência: III – Estudo Transversal Correlacional.
Leia o artigo completo no link abaixo:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/40151748/