Risk Factors for Early Shoulder Stiffness After Arthroscopic Rotator Cuff Repair

Risk Factors for Early Shoulder Stiffness After Arthroscopic Rotator Cuff Repair

Título: Fatores de Risco para Rigidez Precoce do Ombro Após Reparo Artroscópico do Manguito Rotador

Fonte: Cureus, Setembro 2025

Objetivo: Investigar se comorbidades clínicas pré-operatórias e características estruturais das lesões do manguito rotador em exames de ressonância magnética estão associadas ao desenvolvimento de rigidez precoce do ombro (Early Postoperative Stiffness — EPS) após o reparo artroscópico do manguito rotador (ARCR).

Metodologia:

  • Tipo de Estudo: Coorte retrospectiva.
  • Amostra: 381 pacientes submetidos a reparo artroscópico primário do manguito rotador entre 2017 e 2022, com seguimento mínimo de 24 meses.
  • Critério de Exclusão: Pacientes com rigidez pré-operatória ou submetidos a procedimentos adicionais (tenodese do bíceps, capsulotomia ou ressecção distal da clavícula).
  • Definição de Rigidez Precoce: Limitação persistente de amplitude passiva de movimento >90 dias após a cirurgia.
  • Variáveis Analisadas: Idade, sexo, diabetes, hipertensão, dislipidemia, hipotireoidismo e características anatômicas conforme classificações de Snyder, Cofield, Patte e Goutallier.

Resultados:

  • Incidência de EPS: 6,3% (24 pacientes).
  • Idade média: 57,4 ± 11,1 anos (EPS) vs. 59,9 ± 9,5 anos (sem EPS) — p = 0,056.
  • Distribuição por sexo: Mulheres representaram 75% dos casos de EPS vs. 60,8% no grupo controle (p = 0,242).
  • Comorbidades: Nenhuma associação significativa com diabetes (p = 0,592), hipertensão (p = 0,271), dislipidemia (p = 0,220) ou hipotireoidismo (p = 0,999).
  • Características anatômicas:
    • Lesões completas em 87,5% dos casos com EPS vs. 80,1% sem EPS.
    • Tamanho, retração tendínea e degeneração gordurosa não apresentaram correlação significativa.

Conclusão: Nenhum fator clínico ou estrutural mostrou associação estatisticamente significativa com rigidez precoce após o reparo artroscópico do manguito rotador. Os resultados reforçam a natureza multifatorial da rigidez pós-operatória e destacam a necessidade de protocolos reabilitacionais individualizados e de estudos prospectivos multicêntricos com critérios padronizados.

Nível de Evidência: Estudo de coorte retrospectiva.

Leia o artigo completo no link abaixo: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/41158937

 
 
Anterior
Anterior

Proximal Humeral Fractures in Patients Over 60 Years Old: A Randomized Study of Nonoperative Versus Operative Treatment With Locking Plate

Próximo
Próximo

Estudo de concordância diagnóstica da teleconsulta para o tratamento da síndrome do manguito rotador